há tanto tempo sem escrever por aqui, que pareço ter perdido um pouquinho da intimidade... meio sem saber por onde começar, mas acho que alguns de vocês irão entender... aquela saudade que bate...
ontem, estava em casa, marido trabalhando até tarde, pequeno dormindo... sobrou um tempinho para sentar e resolvi olhar este blog... comecei lá por 2008, fui clicando aleatoriamente e a medida que passava as postagens... um monte de sentimentos!
quantas criações, fotos incríveis, super caprichadas, pessoas queridas, evolução dos trabalhos, passeios, um pouco da minha intimidade, palavras escritas com cuidado, comentários carinhosos, toda uma história sendo registrada... um mundo todo, mesmo que virtual, um mundo que construí, letra por letra...
fui tomada por uma emoção ambígua, triste e ao mesmo tempo muito feliz...
esta tristeza me pegou, em ver como este blog, andava abandonado, como as fotos (especialmente das tiaras) já não eram tão produzidas... lacunas de tempo maiores e palavras um pouco mais frias...
pensando a respeito percebi que não foi o entusiamo que deixou de existir... mas este turbilhão chamado rotina... acho que ele engoliu um certo brilho... a tristeza não era apenas pelo blog abandonado, mas acho que por mim mesma... com o tempo corrido, casa, criança e trabalho... a gente se deixa levar, sem saber ao certo para onde... a gente simplesmente se deixa... a saudade era de mim mesma!
escrevo, porque ontem levei um sacode e olha que não é por falta de incentivo do marido... mas as vezes, a gente é que tem que se dar conta por si só!
mas como disse, o sentimento era ambíguo... pois mesmo sem saber para onde... bati `a porta de um certo bistrot e lá, em parceria com pessoas queridas, nasceu um projeto de várias mãos, uma Ciranda Criativa... que tem me permitido ser, não sei se a melhor, mas uma boa parte de mim... a que gosta de compartilhar e que deixa brilhar os olhinhos por toda matéria-prima que ganha vida e se torna algo único, que se sente especial porque sabe criar com as mãos! além destas Cirandas, a alegria em ver que as tiarinhas e suas fitas ainda surpreendem as pessoas que as conhecem e que as querem usar... continuo sentido a mesma emoção toda vez que vejo uma de minhas criações sendo usadas por aí!
hoje quem escreve, não é a esposa do Pedro, nem a mãe do Francisco, a filha da dona Regina ou a Ju Padilha do ateliê... hoje é própria Ju, que pede licença para pisar fora deste turbilhão e relaxar um pouco... com todas a minhas reticências!